O genoma humano é o código genético do Homem, ou seja, o conjunto dos genes onde está toda a informação para a construção e funcionamento do organismo.
O Projeto Genoma Humano (PGH) consistiu num esforço internacional para o mapeamento do genoma humano e a identificação de todos os nucleotídeos que o compõem.
Após iniciativa dos Institutos Nacionais da Saúde estadunidenses (NIH), centenas de laboratórios de todo o mundo se uniram à tarefa de sequenciar, um a um, os genes que codificam as proteínas do corpo humano e também aquelas sequências de DNA que não são genes.
O projeto foi fundado em 1990, com prazo de conclusão de 15 anos. Em 14 de abril de 2003, um comunicado de imprensa conjunto anunciou que o projeto fora concluído com sucesso, com o sequenciamento de 99% do genoma humano com uma precisão de 99,99%.
Foi descoberto que o DNA humano contém 3.16 bilhões de bases (letras) e o total das informações genéticas, contidas nos 23 pares de cromossomos, nos mostra que o ser humano possui cerca de 30 mil genes. Estes genes se espalham pelo DNA, mas ocupam somente 1,2% de seu tamanho. No entanto, eles são essenciais para a produção de proteínas necessárias para o desenvolvimento, o metabolismo e outras funções vitais no organismo.
O restante do genoma, considerado não-codificante de proteínas, é conhecido como DNA-lixo. Ou seja, mais de 98% de todo o material genético do homem é constituído de sequências de DNA que não fazem parte de nenhum gene e ainda tem função desconhecida.
O gene, geralmente, localiza-se intercalado com essas sequências de DNA não codificado por proteínas. Apesar do termo DNA-lixo ainda ser comumente utilizado, é inegável que o nome é, no mínimo, infeliz, já que atualmente a maioria dos cientistas concorda que este “DNA não-codificante” é necessário para o funcionamento adequado dos genes.
Em artigo escrito por Eloi S. Garcia, pesquisador e ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz e membro da Academia Brasileira de Ciências, fica explícita a importância do DNA-lixo:
“Até recentemente, numa imagem poética, podia-se dizer que nossos genes são oásis no deserto do DNA– lixo. Entretanto, foi descoberta uma nova classe de elementos genéticos, que podem alterar profundamente nossa ideia de como os genes podem formar um ser humano
Apesar dos milhares de anos do processo evolutivo, foi revelado que centenas de sequências encontradas no DNA-lixo permanecem idênticas nos genomas do homem, do rato e do camundongo.
Aparentemente, várias destas sequencias são também conservadas no DNA lixo de aves e peixes.
É mínima, a chance destas sequências permanecerem a mesma, após milhares de anos de evolução. Apesar de ainda ser desconhecido o motivo evolucionário de manter estas sequências idênticas, estes elementos genéticos devem ser críticos para o funcionamento de um organismo.
Regiões do DNA altamente conservadas são bons indicadores de sua importância biológica. Acredita-se que estas sequências podem fazer parte de um desconhecido, mais sofisticado, manual de instruções para a regulação de um organismo complexo, como é o caso dos vertebrados.
O genoma não possui outras áreas tão protegidas de mutações, nem mesmo as regiões que contêm os genes apresentam este grau de preservação. Se for assim, isto fortalece o argumento de que o DNA considerado lixo contém informações complexas de programas regulatórios, inovando as teorias atuais sobre a estrutura e o funcionamento genético de organismos complexos.
Ou seja: estes elementos genéticos têm papel vital na ativação e inibição dos genes que, em determinados momentos, devem ou não estar coordenando a produção de proteínas.
Assim, é melhor imaginar de que nossos 30.000 genes, que ocupam 1,2% do genoma, são ilhas boiando em um oceano de DNA (98,8%) com informações regulatórias. Se isto for verdade, o DNA-lixo, ao contrário, passará a ser reconhecido com DNA-luxo”
TEXTO RETIRADO © 2019 Módulo 1 – 1ª edição 25/Junho/2019 Todos os direitos reservados. Número ISBN: 978-85-68738-02-3. Apostila EDALC.
Quanto a alquimia trata da limpeza e dinamização do DNA estamos falando do DNA mutável, que compõe 98% do código genético e hoje é área de estudo da epigenética e da medicina quântica.
Essa parte de DNA guarda nossa memória ancestral, as experiências de vida de até seis gerações antes de nós, além de tudo o que vivemos no cotidiano: alimentação, meio ambiente e relacionamentos. Tudo isso molda nosso comportamento, nossas crenças e a energia daquilo que atraímos para a vida.
A limpeza do DNA envolve a limpeza dessas memórias gravadas nesse código celular mutável e adaptável, fazendo transformações interiores profundas que reverberam em mudanças significativas do que acontece ao nosso redor.